Minicursos
Serão realizados minicursos voltados para pesquisadores e estudantes interessados em desenvolver pesquisas empíricas relacionadas com Administração da Justiça. Os minicursos são focados em métodos e técnicas de pesquisa, que visam oferecer oportunidades de capacitação a indivíduos interessados em ampliar o conhecimento sobre pesquisa em Administração da Justiça, apoiada em dados e evidências.
Os certificados serão fornecidos individualmente para cada minicurso realizado.
Minicursos já confirmados
Pesquisa em Administração da Justiça Apoiada em Entrevistas e Análise Documental
Prof.ª Dr.ª Isabelle de Baptista
30/09/2020, 9h - 13h00
Saiba maisEstratégias metodológicas de pesquisa qualitativa em acesso à Justiça
Prof.ª Luciana Garcia e Prof.ª Olívia Pessoa
30/09/2020, 9h - 13h30 - 17h30
Saiba maisJurimetria, Pesquisa Empírica Quantitativa em Administração da Justiça
Prof.ª Dr.ª Luciana Yeung
30/09/2020, 9h - 18h - 22h00
Saiba maisPesquisa em Administração da Justiça Apoiada em Entrevistas e Análise Documental
Ementa
- Introdução. Principais paradigmas de pesquisa em ciências humanas e sociais aplicadas: positivismo e interpretativismo; principais métodos e técnicas da pesquisa qualitativa: estudo de caso, pesquisa-ação, Design Science, Grounded Theory, etnografia, fenomenologia etc.
- Principais procedimentos e instrumentos de coleta de dados: entrevista, grupo focal, observação direta, documentos secundários etc.
- Entrevistas e Análise Documental. Técnicas de elaboração de roteiros, de protocolos de pesquisa e de análise de dados.
- Coleta e análise de dados mediante entrevistas; coleta e análise de documentos.
- Procedimentos de análise de dados e utilização de softwares na pesquisa qualitativa CAQDAS (Computer-Assisted Qualitative Data Analysis Software):
- IRAMUTEQ (Interface de Rpour les Analyses Multidimensionnellesde Textes et de Questionnaires)
- Atlas.ti, versão 7.5, desenvolvido pela Scientific Software Development
Objetivos:
- Proporcionar aos alunos compreensão crítica sobre os métodos, procedimentos e instrumentos que amparam a pesquisa qualitativa na área de Administração da Justiça.
- Dissertar e discutir a respeito da pesquisa com base em entrevista e análise documental.
- Apresentar e discutir funcionalidades de softwares auxiliares da pesquisa qualitativa.
Referências
Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições, 70.
Corbin, J., & Strauss, A. (2008). Basics of qualitative research: Techniques and procedures for developing grounded theory. Newbury Park, CA: SAGE Publ.
Creswell, J. W. (2013). Research design: Qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. Sage publications.
da Silva, L. F., Russo, R. D. F. S. M., & de Oliveira, P. S. G. (2018). Quantitativa ou qualitativa? um alinhamento entre pesquisa, pesquisador e achados em pesquisas sociais. Revista Pretexto, 19(4), 30-45.
Dresch, A., Lacerda, D. P., & Júnior, J. A. V. A. (2015). Design science research: método de pesquisa para avanço da ciência e tecnologia. Bookman Editora.
Eisenhardt, K. M. (1989). Building theories from case study research. Academy of Management Review, 14(4), 532-550.
Flick, U. (2008). Introdução à pesquisa qualitativa-3. Artmed editora.
Godoi, C. K., Bandeira-de-Mello, R., & Silva, A. D. (2010). Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva.
Minayo, M. C. (2011). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Editora Vozes Limitada.
Östlund, U., Kidd, L., Wengström, Y., & Rowa-Dewar, N. (2011). Combining qualitative and quantitative research within mixed method research designs: a methodological review. International Journal of Nursing Studies, 48(3), 369-383.
Prolo, I., Lima, M. C., & da Silva, L. F. (2018). Os Desafios na Adoção da Tradição Interpretativista nas Ciências Sociais. Diálogo, (39).
Sauerbronn, J. F. R., & Ayrosa, E. A. T. (2010). Concerning Convergence and the Methodological Practice of Interpretive Interactionism in Academic Marketing Research. Revista de Administração Contemporânea, 14(5), 854.
Silverman, D. (2009). Interpretação de dados qualitativos: métodos para análise de entrevistas, textos e interações. Bookman.
Teixeira, J. C., Nascimento, M. C. R., & Carrieri, A. D. P. (2012). Triangulação entre métodos na administração: gerando conversações paradigmáticas ou meras validações “convergentes”. Revista de Administração Pública, 46(1), 191-220.
Thiollent, M. (2009). Pesquisa-ação nas organizações. Atlas.
Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. Bookman editora.
Mini currículo
Prof.ª Dr.ª Isabelle de Baptista
isabelledebaptista@hotmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2640-6706
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8883994472519041
Doutora em Administração (2019). Mestre em Direito (2010). Graduação em Direito (2005) e em História (2001). Professora Adjunta da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia. Integrante dos Grupos de Pesquisa “Administração da Justiça” (UNB) e “Estratégia da Inovação” (UNINOVE). Desenvolve pesquisas voltadas para a temática de transparência e inovação no sistema de justiça e combate à corrupção.
Jurimetria, Pesquisa Empírica Quantitativa em Administração da Justiça
Ementa
Introdução:
a) Definindo Pesquisa Empírica Quantitativa.
b) Conduzindo Pesquisa Empírica Quantitativa.
c) Objetivos da Pesquisa Empírica Quantitativa.
Parte I: Design da Pesquisa Empírica Quantitativa.
Parte II: Coletando e Codificando Dados Quantitativos.
Parte III: Analisando Dados Quantitativos.
- Sumarizando Dados Quantitativos;
- Inferência Estatística;
- Análise de Regressão: as Bases;
- Regressão Múltipla e Métodos Relacionados.
Parte IV: Comunicando Dados Quantitativos e Resultados.
Objetivos:
- Introduzir a pesquisas empíricas e jurimetria.
- Apresentar maneiras de desenvolver a pesquisa empírica, desde o design (planejamento), à coleta e codificação dos dados, à análise completa e comunicação.
- Discorrer das vantagens da pesquisa empírica como metodologia de pesquisa, em comparação aos outros métodos de pesquisa na área do Direito e afins (Ciência Política, Economia, Ciências Sociais, etc).
Referências
EPSTEIN, Lee; MARTIN, Andrew D. An introduction to empirical legal research. Oxford University Press, 2014.c
YEUNG, Luciana. “Jurimetria”. In RIBEIRO, Marcia Carla Pereira; DOMINGUES, Victor Hugo; KLEIN, Vinicius (Coords). Análise econômica do Direito: justiça e desenvolvimento. Curitiba: CRV, 2016.
YEUNG, Luciana. “Jurimetria ou Análise Quantitativa de Decisões Judiciais”. In MACHADO, Maíra Rocha. Pesquisar empiricamente o direito. São Paulo: Rede de Estudos Empíricos em Direito, pp. 249-74, 2017.
Mini currículo
Prof.ª Dr.ª Luciana Yeung
Lattes: http://lattes.cnpq.br/3780628429728581
Doutora em Economia pela EESP-FGV, com estágio Law School da University of California, Berkeley; Mestre em Economia Aplicada e em Relações Industriais pela University of Wisconsin–Madison; Bacharel em Economia pela FEA-USP. Membro fundadora e ex-Presidente (2016) da Associação Brasileira de Direito e Economia (ABDE). Membro do board of directors da Associação Latino-Americana e Ibérica de Direito e Economia (ALACDE), a partir de Jan.2020. Foi membro do Grupo de Trabalho estabelecido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para avaliar o anteprojeto de lei sobre custas judiciais e gratuidade da Justiça. Foi Coordenadora do Curso de Graduação de Economia do Insper de 2011 a 2018. Como pesquisadora, dedica-se à área da Análise Econômica do Direito (ou Law and Economics) e Estudos Empíricos em Direito. Tem artigos e capítulos em publicações nacionais e internacionais, entre eles: Journal of Institutional Economics, IMA Journal of Management Mathematics, Encyclopedia of Law and Economics (Ed. Springer), Economia Aplicada, Economic Analysis of Law Review, Revista de Estudos Institucionais, entre vários outros.
É parecerista atuante da Journal of Empirical Legal Studies, European Journal of Law and Economics, Journal of Institutional Economics, Operations Research and Decisions, Economic Analysis of Law Review, RAUSP, Revista de Direito GV, Revista de Estudos Empíricos em Direito, Economia Aplicada, entre outras.
Entrevistada e colaborada frequente de organizações privadas e públicas com artigos, palestras e estudos técnicos sobre questões de judiciário, economia e política. Participa de bancas de mestrado e doutorado em Direito em diversas instituições do país. É convidada frequente para palestras em Escolas de Magistratura, Escolas de Procuradoria do Estado, cursos de pós-graduação em Direito e Economia em diferentes localidades brasileiras. Em 2018 e 2019, foi palestrante convidada na Harvard Law School, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e nas Jornadas Brasileiras de Direito Processual. Proferiu a Aula Magna da 1a turma do Curso de Especialização em Direito e Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Mais em: https://www.insper.edu.br/pesquisa-e-conhecimento/docentes-pesquisadores/luciana-yeung/
Estratégias metodológicas de pesquisa qualitativa em acesso à Justiça
Prof.ª Luciana Garcia (IDP) e Prof.ª Olívia Pessoa (UniPositivo)
Ementa
O minicurso propõe-se a revisitar alguns marcos teóricos sobre o acesso à Justiça, relacionando-os com o debate sobre administração da Justiça e a compreensão da prestação jurisdicional como um serviço ou ainda uma política pública (chamada também de política judiciária). Na sequência, irá relacionar as estratégias metodológicas que podem contribuir com pesquisas sobre a percepção dos cidadãos, servidores e integrantes do sistema de Justiça (ambos compreendidos como integrantes da burocracia) sobre o acesso à Justiça e verificar em que medida a atuação “na ponta” pode interferir na aplicação da norma.
- Atualizando o debate sobre acesso à Justiça. Para além das “três ondas”.
- Cenário atual do sistema de Justiça brasileiro frente ao acesso à Justiça
- Administração judiciária e o impacto no Acesso à Justiça;
- A burocracia de nível de rua e o acesso à Justiça
- Organizando a pesquisa: os desafios do campo.
- Entrevista ou observação (ou ambas)? Quando a análise dos autos processuais é necessária?
- Analisando dados qualitativos em pesquisas sobre acesso à Justiça
Referências
CAPELLETTI, Mauro; GARTH Bryan. Acesso à Justiça. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris editor, 1988. Disponível em: https://www.dropbox.com/s/9gyomtziqngnni1/Cappelletti%20e%20Garth%20Acesso%20a%20Jusit%C3%A7a.PDF?dl=0
FULLIN, Carmen. Acesso à Justiça: a construção de um problema em mutação. In. SILVA, Feljpe Gonçalves; RODRIGUEZ, José Rodrigo. Manual de Sociologia Jurídica. São Paulo: Saraiva, 2019, pp. 249-267. Disponível em: https://www.dropbox.com/s/y8lwmxbzbbnxgzg/FULLIN%20Acesso%20a%20Justi%C3%A7a.pdf?dl=0
GALANTER, Marc. Por que “quem tem” sai na frente: especulações sobre os limites da transformação no direito. São Paulo: FGV Direito SP, 2018. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/25816/Por%20que%20%27quem%20tem%27%20sai%20na%20frente.pdf?sequence=1&isAllowed=y
GUARIDO FILHO, E. R., Luz, B. B. C., Silveira, T. R. (2018, abril). Legitimidade organizacional no contexto de organizações da justiça. In Anais do Encontro de Administração da Justiça, Brasília, DF, Brasil.
LIPSKY, Michael. Burocracia de nível de rua: dilemas do indivíduo no serviço público. Brasília: Enap, 2019. Disponível em: https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/4158/1/Burocracia%20de%20n%C3%ADvel%20de%20rua_Michael%20Lipsky.pdf
MACHADO, Maíra Rocha. "Pesquisar empiricamente o direito." São Paulo: Rede de Estudos Empíricos em Direito (2017). Disponível em: http://reedpesquisa.org/wp-content/uploads/2019/04/MACHADO-Mai%CC%81ra-org.-Pesquisar-empiricamente-o-direito.pdf
PESSOA, Olívia. Interações no juizado especial: quem fala com quem? In: PIRES, Roberto Rocha C. (org.). Implementando desigualdades: reprodução de desigualdades na implementação de políticas públicas - Rio de Janeiro : Ipea, 2019. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/9323/1/Implementando%20desigualdades_reprodu%C3%A7%C3%A3o%20de%20desigualdades%20na%20implementa%C3%A7%C3%A3o%20de%20pol%C3%ADticas%20p%C3%BAblicas.pdf